domingo, 5 de dezembro de 2010

Take the Big King down

e vem aquele im/pul-so. (pul-so. pul-so.pul-so)
escrevo.
arrependo.
deleto.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Farsa

Ele segue fingindo ser o que já é.

domingo, 11 de julho de 2010

manhã

E na primeiria inspiração consciente sinto teu cheiro
Há você no lençol.
não lavei, lembro.
trouxe ele (e você)

vem o quase-arrepio
a vontade de te tocar
sentir a expiração esfumaçada
sua cera pingando

as imagens narcisistas
-porque são eles, os reflexos, que tanto são vaidosos-
os aromas e sabores

levanto.
tomo banho
a calcinha pinga no box.




-agora sim, é você.

sábado, 26 de junho de 2010

Rêve

fechei os olhos e você estava lá.
não naquela babaquice de todo em branco puro-liso, mas ainda sim perfeito, com suas imperfeições.
já não sei mais se perfeito ou não, mas era você.
não te notei. você que veio.
me puxou, me deu um abraço. eu retribuí.
você me abraçava forte, em troca nem te apertava, meus braços estavam só ali em sua volta. não que não te quisesse, mas fazia parte da convivência. aqueles abraços se repetiam tanto.
mas notei. fui atingida, de súbito: era você. era VOCÊ. e já não queria mais te largar.
se você estivesse no branco puro-liso, agora teria trocado de cor. estaria no vermelho, vestido de saudade. e eu junta, inundada na cor do sangue . era VOCÊ.
o sal atingiu minha boca. e dela só saía: "é você... você...você!"
e a consciência bateu, porque era essa a primeira vez. e você desapareceu.
acordo com travesseiro ensopado, e o gosto forte de sal na boca.



E um rio carregado de saudade corre na minha veia