domingo, 11 de julho de 2010

manhã

E na primeiria inspiração consciente sinto teu cheiro
Há você no lençol.
não lavei, lembro.
trouxe ele (e você)

vem o quase-arrepio
a vontade de te tocar
sentir a expiração esfumaçada
sua cera pingando

as imagens narcisistas
-porque são eles, os reflexos, que tanto são vaidosos-
os aromas e sabores

levanto.
tomo banho
a calcinha pinga no box.




-agora sim, é você.

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